segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Demorou mas a justiça veio

Homem acusado de balear comerciante de Monte Santo e matar o seu primo é preso em C. Grosso e levado para Feira


imageJapiassu morreu em 2003; Jheferson foi preso sexta-feira (29)
Após cobranças da família durante anos, a polícia prendeu Jheferson Matos Ribeiro, acusado de ter matado o jovem Japiassu Sales Siqueira Júnior, e de ter baleado o comerciante Alexsandro da Cunha Sarmento, “Alex da Infoteck Computadores”, em Feira de Santana.
De acordo com a Coordenadoria da Polícia Civil de Feira, sob o comando do delegado Fábio Lordelo, o acusado foi preso em Capim Grosso foi recambiado para Feira.
O crime, que chocou a opinião pública, já completou 8 anos. O pai do jovem assassinado, e que tem o mesmo nome da vítima, Japiassu Siqueira, fez inúmeros apelos à polícia para que prendesse o criminoso. Ele também procurou a imprensa para pedir ajuda e conseguiu que o crime fosse divulgado em rede nacional pela Rede Globo.
“É difícil entender como um caso como esse que foi exibido no programa Linha Direta, da Rede Globo, até hoje não teve um desfecho. Minha família quer que a Justiça seja feita”, declarou seu Japiassu, meses depois da exibição do programa.
Nesta sexta-feira (29), durante entrevista ao programa Carlos Geilson, da rádio Subaé, seu Japiassu disse que esperava que a justiça fosse feita e parabenizou a equipe da polícia civil pela prisão de Jheferson Ribeiro. “Para honra e glória de Deus, a polícia conseguiu prender esse assassino”, disse bastante emocionado.
A prisão
Fabio Lordello informou que o acusado do crime estava no povoado de Fazenda Volta, no município de Capim Grosso, em lugar bem deserto. Segundo o delegado, Jeferson ficou surpreso e não teria reagido após a voz de prisão.
“Os policiais se disfarçaram de caçadores em uma fazenda próxima, justamente para não chamar atenção. Ele confessou que morou em fazendas nos municípios de Mairi e também em Monte Santo e que estava há alguns meses em Capim Grosso”, explicou Fábio.
Por ironia do destino poucos anos após o crime, o jovem Alexsandro Sarmento que além de ter sido baleado por Jheferson teve seu primo assassinado, mudou-se para Cansanção em seguida para Monte Santo, portanto chegou a correr muito perigo morando tantos anos próximo do local onde o criminoso estava escondido.
“Estamos em paz e com a certeza do dever cumprido, pois estes mandados precisam ser cumpridos”, afirmou o coordenador da Polícia Civil de Feira.
Motivo do crime
Na coletiva realizada no complexo policial, Jeferson alegou legítima defesa, mas se mostrou frio diante das perguntas dos repórteres.
“Ele estava me ameaçando, eu agi em legítima defesa, eu fiquei escondido em uma fazenda”, afirmou o acusado do crime.
O crime
Jheferson Matos Ribeiro é acusado de assassinar o representante comercial Japiassu Sales Siqueira Júnior e de balear o comerciante Alexsandro da Cunha Sarmento, primo da vítima. O crime ocorreu no dia 24 de abril de 2003 em Feira de Santana, Bahia. Acusado e vítima moravam no mesmo bairro.
Segundo informações, eles costumavam jogar futebol em times rivais e não conversavam. Um ano antes do crime, tiveram um desentendimento após uma partida de futebol. Trocaram socos e pontapés, e como Jefheson levou a pior e prometeu se vingar.
No dia do crime, data do início da Micareta – Japiassu viajava com o primo Alexsandro, para Salvador, em um veículo Gol, quando foram abordados pelo acusado.
O veículo foi cercado na avenida Maria Quitéria pela caminhonete D-20, dirigida por Jheferson Ribeiro. Alexsandro dirigia o Gol. Ao sair para o acostamento, Jhefeson emparelhou a caminhonete e atirou nas duas vítimas e fugiu. Japiassu Sales Siqueira Júnior morreu no hospital. Baleado, Alexsandro da Cunha Sarmento sobreviveu.
Antes de atirar nos jovens, o acusado matou um cão e teria dito que aquele seria o destino do seu desafeto.
Jheferson teve a sua prisão preventiva decretada, porém conseguiu fugir. Ele foi denunciado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio duplamente qualificada. Com informações de Denivaldo Costa.

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